Embu das Artes, ou simplesmente Embu, faz parte da região metropolitana de São Paulo. Devido essa proximidade, muita gente se dirige até lá para passar o dia e fugir da rotina. Mas, justamente por está geograficamente muito próxima de São Paulo, já vi muita gente estranhar quando falo de lá. E, me perguntam se realmente é legal, se realmente vale a pena ir. Afinal, o que Embu tem de diferente? Nosso intuito hoje é esclarecer essas dúvidas e mostrar que sim, vale a pena visitar Embu.
COMO CHEGAR
A apenas 30 minutos do centro de São Paulo, a melhor via de acesso para quem sai da capital paulista é pela Régis Bittencourt. Também é possível ir de ônibus, através das linhas EMTU. Para verificar o melhor ponto de partida e os horários, consulte o site da EMTU aqui.
O QUE FAZER EM EMBU DAS ARTES
Como o próprio nome sugere, Embu é famosa por seu lado artístico. Lá, residem diversos artistas que expõem seus trabalhos. Aos fins de semana e feriados, as ruas do centro são fechadas (para carro) e convertem-se em galerias a céu aberto. Sendo assim, uma das coisas mais legais a se fazer em Embu, é justamente passear pelas lojas.
Lojas e Antiquários
São inúmeras opções para todos os estilos. Mas quero deixar uma recomendação super especial aqui. Na minha última visita a Embu, tive o imenso prazer de conhecer e conversar com o artista Sérgio Soublét. Trata-se de um senhor super culto e cheio de histórias para contar. Ficamos apenas algumas horas conversando, mas poderíamos facilmente passar o dia inteiro por lá.
O Sérgio Soublét é um engenheiro aposentado, que trabalhava para o governo, em Brasília. Viajou por mais de 27 países e suas pinturas, de maneira geral, são fruto dessas experiências. Os quadros são belíssimos, os mais bonitos que vimos em Embu. O preço também é bem acessível, pois ele os vende por amor a obra, e não por lucro. Sua galeria fica na Rua Siqueira Campos, 174, e funciona apenas aos fins de semana.
Para mais informações, acesse aqui.
Feira de Artesanato
Aos fins de semana e feriados, as ruas do centro têm seu acesso fechado aos carros, e recebe diversas barracas de ruas. Além de diversos tipos de artesanato, na feira é possível encontrar barraquinhas deliciosas de doces. Se você é como eu e não resiste um bom doce, é o paraíso. Ao longo do dia provei praticamente todos os tipos de doces que eles vendiam. Os melhores é o bombom de morango com brigadeiro belga, e o bolo de brigadeiro belga. D-I-V-I-N-O.
Comer
Falando em comida, Embu é mestre no assunto. São MUITAS opções espalhadas pelo centro, para todos os paladares e bolsos. Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade é O Garimpo.
Especializado em comida alemã, foi a opção escolhida por nós. O restaurante possui um ambiente super agradável e a comida é realmente muito saborosa. Pedimos o Steak au poivre vert, que serve bem uma pessoa, mas sem exageros.
Também pedimos, de entrada, mini pastéis de queijo brie. O diferencial, que vale o destaque, é a geleia de abacaxi e pimenta que acompanha os pastéis. A experiência gastronômica é simplesmente maravilhosa. Em termos de preço, não é a opção mais econômica da cidade. Tendo como referência a data deste post, outubro de 2018, um casal deve gastar, em média, de R$ 150,00 a R$ 200,00 reais por uma refeição com entrada, prato principal e sucos.
Outro restaurante bem tradicional é o Empório São Pedro, especializado em comida Italiana. Ainda não comemos lá, mas recebemos excelentes recomendações e está em nossa lista. Fora estes, existem diversas outras opções espalhadas, algumas bem mais econômicas e todos muito bem avaliados.
Viela das Lavandeiras
A viela ganha destaque aqui, apenas para que não deixe de visitá-la. Trata-se, como o próprio nome diz, de uma viela. Muito linda e muito charmosa, vale a pena passar por aqui. Aliás, é aqui que fica o Empório São Pedro, mencionado no item acima.
Museu de Arte Sacra dos Jesuítas
O museu possui um acervo de pinturas, esculturas e objetos dos missionários jesuítas que vieram ao Brasil. O museu cobra uma pequena taxa de entrada e funciona das 9h às 16h30.
Memorial Sakai
Esse foi um dos passeios que mais nos surpreendeu. O espaço cultural, também funciona como um ateliê, e possui mostra dos trabalhos do artista japonês e de seus alunos.
O funcionário do local, extremamente solícito, nos conta um pouco da história de Sakai, sua importância para o mundo da arte e para Embu. Como ele começou ensinar as pessoas da cidade, e como isso mudou a vida de muitas pessoas, que encontraram na arte, uma forma de sobreviver. Como bônus, ainda aprendemos um pouco como funciona a arte de esculpir o barro.
Parque do Lago Francisco Rizzo
Como a maioria das atrações de Embu começa a funcionar depois das 9h, começamos nosso passeio por aqui. Chegamos bem cedo e aproveitamos para andar pelo parque. Encontramos diversas pessoas caminhando por lá, alguns fazendo exercício. O cenário é realmente agradável, do tipo que dá para ficar horas.
Compras
Embu também é famosa por seus outlets. São muitas opções, e para conhecê-los todos, seria necessário várias visitas a cidade. Nós aproveitamos para conhecer somente um, o BBB. Não sei dizer os outros, mas este não me agradou muito. As roupas são de fato baratas, mas não vi nada que me chamasse atenção. É claro, não fiquei garimpando muito, pois não tenho tanta paciência. O provador feminino é o cúmulo do desconforto. Não existe cortinas separando os provadores, de modo que precisamos nos trocar umas de frente para as outras. No fim, não encontrei nada que me agradasse, e acabei comprando apenas uma calça para o Ighor, apenas para não passar em branco.